Principais patologias englobadas pela Cirurgia Vascular

A Angiologia e Cirurgia Vascular é a especialidade médica responsável pelo estudo, diagnóstico e tratamento de doenças que afectam os sistemas arterial, venoso e linfático. Uma das patologias mais frequentes é a doença venosa crónica, que leva ao aparecimento das varizes.

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Doença venosa crónica (DVC)

Uma das mais frequentes patologias vasculares, com uma prevalência de cerca de 30% na população portuguesa. A apresentação clínica é muito variável entre indivíduos, mas pode levar a um impacto considerável na qualidade de vida e capacidade funcional. Mais frequente em doentes do sexo feminino, com hábitos de ortostatismo prolongado. Mais comumente se manifesta com sensação de “pernas cansadas”, dor e edema (“inchaço”). A sua correta avaliação e tratamento assumem o principal papel de melhorar a qualidade de vida e de prevenção de complicações, tais como flebites e úlceras venosas.

Doença arterial periférica (DAP)

Uma patologia com prevalência crescente na população portuguesa, particularmente associada ao envelhecimento e doenças como obesidade, diabetes, hipertensão arterial e tabagismo. Resulta da evolução progressiva de estenoses (“apertos”) na circulação arterial, levando a um deficiente aporte de sangue oxigenado aos tecidos dos membros (i.e. músculos, pele, nervos, etc.). As consequências e modo de apresentação dependem da gravidade da privação de oxigénio e do tempo em que esta patologia se instala. Corresponde, portanto, à manifestação periférica (habitualmente nos membros inferiores) do processo sistémico de aterosclerose. Pode apresentar-se como claudicação intermitente, isto é, dor nos grupos musculares da perna e coxa em situações de exigência energética (caminhar, subir escadas, etc.). Se não identificada e orientada, poderá evoluir para isquemia crítica, que coloca em risco a viabilidade do próprio membro. Sintomas como claudicação intermitente, dor em repouso (muitas vezes prejudicando o sono), rarefacção pilosa, cianose ou úlceras (habitualmente com lenta cicatrização) poderão ser sinais de DAP, e como tal, devem ser avaliadas precocemente.

Aneurismas da Aorta

Aneurisma é o termo clínico para descrever uma dilatação vascular focal. Virtualmente qualquer vaso poderá tornar-se aneurismático, mas apenas interessa neste parágrafo os que surgem na Aorta. São múltiplas as causas que levam a esta patologia, mas a grande maioria desenvolve-se como manifestação local da aterosclerose, e como tal, é mais frequente em indivíduos do sexo masculino, com história de tabagismo, doença pulmonar obstrutiva crónica e hipertensão arterial. Geralmente são detectados em exames complementares realizados por motivos não relacionados, sendo achados que não se traduzem em sintomas. Raramente podem manifestar-se como compressão de estruturas adjacentes, trombose ou oclusão de artérias dos membros inferiores. A rotura de aneurismas da Aorta são uma complicação possível, habitualmente em aneurismas grandes ou com evidência de crescimento rápido, mas são uma emergência cirúrgica. A prevenção da rotura depende do atempado diagnóstico e correcção de factores de risco. A cirurgia programada pode ser indicada em casos seleccionados.

Aneurismas periféricos

São uma patologia cujo processo se assemelha ao dos aneurismas da Aorta, mas em artérias dos membros. Os mais frequentes são os aneurismas poplíteos. Estes têm a particularidade de raramente afectarem mulheres. Partilham os mesmos factores de risco que aneurismas de outras localizações, e são geralmente uma consequência local da aterosclerose. A suspeição para esta patologia pode ocorrer com o aparecimento de uma massa pulsátil nos membros. As complicações são frequentes. A trombose do aneurisma ou embolização de trombos para a rede arterial dos membros são uma manifestação habitual. Poderão ainda ser síncronos com aneurismas da Aorta. A sua identificação atempada é imperativa para prevenção de complicações.

Doença cerebrovascular extracraniana

Patologia cujo processo se assemelha à doença arterial periférica, mas com atingimento das artérias carótidas ou vertebrais. A sua principal manifestação são os acidentes vasculares cerebrais (AVC), sendo que o diagnóstico desta patologia habitualmente é resultado da investigação para um AVC. A identificação da doença cerebrovascular deve implicar um agressivo controlo dos factores de risco cardiovasculares. A cirurgia poderá ser indicada em casos seleccionados.

Doutora Joana Moreira é medica Especialista em Angiologia e Cirurgia Vascular na Clínica da Figueira da Foz e na Clínica da Carapinheira.

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Atualizado em: 21-06-2022

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