A incontinência urinária não é uma fatalidade! O objetivo da data é sensibilizar a população para esta patologia, alertando para o modo de a identificar, para os tratamentos apropriados e para a prevenção do problema.
A incontinência urinária define-se como a perda involuntária ou indesejada de urina. Estima-se que afete cerca de 600 mil portugueses, sendo mais frequente entre as mulheres e os idosos.
O maior impacto desta condição relaciona-se com a qualidade de vida, tendo fortes implicações a nível pessoal, familiar e laboral. Preocupações em relação ao odor, sensação de sujidade, incontinência durante a atividade sexual, podem levar à evicção de situações de intimidade. A frequência urinária e a necessidade de interromper tarefas afeta o rendimento profissional, a interação com amigos e família e até a possibilidade de viajar.
Apesar disso, por vergonha ou por acharem que é normal com a idade, estima-se que apenas 10% das pessoas afetadas peçam ajuda.
Existem vários tipos de incontinência urinária, sendo os mais frequentes:
A perda de urina é desencadeada por manobras que aumentam a pressão abdominal, como tossir, espirrar, rir, agachar ou realizar esforços ligeiros ou intensos.
A perda de urina é precedida de imperiosidade, isto é, de desejo súbito e inadiável de urinar. Habitualmente existe vontade de urinar ou perdas de urina em situações típicas, como mexer em água ou quando se abre a porta ao chegar a casa. Há também doentes que se sentem pior com determinados alimentos, tais como café ou comidas condimentadas.
Coexistência de sintomas de incontinência urinária de esforço e urgência. O reconhecimento do tipo correto de incontinência é fundamental para a sua abordagem eficaz, visto os tratamentos serem diferentes.
Como primeira abordagem, algumas medidas simples podem ser eficazes no tratamento e prevenção de todos os tipos de incontinência urinária, nomeadamente algumas alterações de consumos como evitar café, chá, álcool e tabaco podem proporcionar melhorias. Importante referir que não é saudável reduzir a quantidade de água que bebe. Embora produza menos urina, ela poderá ficar mais concentrada, o que poderá irritar a bexiga e levar a que tenha de urinar com maior frequência ainda. A perda de peso e o tratamento da obstipação também podem ajudar a melhorar as queixas. Outra forma de terapia comportamental é o treino da bexiga, que constitui uma técnica simples que pode ajudar a bexiga a aprender a reter uma maior quantidade de urina visando o aumento gradual do tempo entre as idas à casa de banho.
Na incontinência urinária de esforço, além das medidas gerais, o tratamento pode consistir na realização de fisioterapia, mas os melhores resultados são obtidos com a realização de uma cirurgia simples de ambulatório, que consiste na colocação de uma fita sintética a suportar a uretra. Trata-se de uma cirurgia ambulatória, com elevada taxa de sucesso.
Na incontinência urinária de urgência, o tratamento baseia-se, além das medidas gerais, no recurso a medicamentos que impedem as contrações involuntárias da bexiga. Estes fármacos são bem tolerados, principalmente os mais recentes que têm menor incidência das queixas mais frequentes, como a secura de boca e obstipação.
Na incontinência urinária mista, o tratamento envolve a abordagem terapêutica de ambas as formas de incontinência.
O tratamento da incontinência urinária é muito seguro e eficaz, sendo que as taxa de cura rondam os 90%.
Na incontinência urinária, o primeiro passo é procurar ajuda, deve falar com o seu médico!
Trata-se de um problema de saúde comum e muitas vezes constrangedor, daí ser subdiagnosticado.
É uma doença tratável, não é uma fatalidade!
A Dra. Lilian Campos é a nossa Especialista em Urologia na Figueira da Foz e na Carapinheira (Montemor-o-velho) sendo a sua consulta à segunda-feira.
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Atualizado em: 14-03-2024
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