Dia Mundial da Prevenção do Suicídio

Segundo relatórios da OMS, em todo o mundo, o suicídio é responsável por 800 mil mortes ano. Mais do que muitos tipos de cancro, algumas doenças infecciosas ou homicídios. Em Portugal, a cada dia 3 pessoas morrem por suicídio e muitas mais tentam suicidar-se.

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Em 2003 foi criado o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, pela Organização Mundial de Saúde e pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio com a missão de implementar estratégias especifícas por cada país que previnam o ato do suicídio.

Devemos relembrar que nos jovens até aos 29 anos, o suicídio é mesmo uma das principais causas de morte, sendo que a taxa de suicídio é maior nos homens do que nas mulheres.

Alguns estudos efetuados para tentar interpretar esta diferença de mortes por suicídio entre homens e mulheres apontam como causa o fato de as mulheres terem maior predisposição para procurar ajuda médica de uma forma geral, tendência que também se verifica na procura de diagnóstico das doenças mentais. Assim o diagnóstico atempado de doença mental pode ser fundamental para evitar casos de morte por suicídio.

Fatores de risco

Apesar de o suicídio ser um fenómeno transversal em toda a comunidade, existem alguns fatores que aumentam o risco nalgumas pessoas:

  • Mais de 45 anos
  • Homem
  • Teve ou tem pensamentos ou planos de suicídio
  • Já ter tentado o suicídio anteriormente
  • Conhecer alguém que se tenha suicidado
  • Isolamento
  • Doença mental
  • Pessoa compulsiva
  • Abuso de substâncias alcoólicas e/ou droga
  • Doença grave
  • Ter sofrido uma perda marcante

Mito vs Facto

Apesar de toda a informação já existente, existem ainda um conjunto de ideias em relação ao tema suicídio que teimam em subsistir e que de certa forma continuam a impedir as pessoas de procurar ajuda, seja por parte do doente ou das pessoas que o/a rodeiam.

Aqui ficam alguns desses mitos e a a devida explicação.

  1. Mito: A probabilidade de alguém que fala sobre suicídio realmente cometer o ato é baixa. Facto: Muitos indivíduos que se suicidaram tinham expressado, de forma implícita ou explícita, os seus sentimentos, pensamentos ou planos.
  2. Mito: O suicídio é sempre um ato impulsivo. Facto: Muitas pessoas já tinham pensado e planeado o suicídio antes de o cometerem.
  3. Mito: O suicídio é uma resposta expectável ou natural ao stress. Facto: O suicídio é uma resposta anormal ao stress. Todos passam por stress ao longo da vida, mas nem todos tentam o suicídio.
  4. Mito: O stresse causa o suicídio. Facto: As tentativas de suicídio podem ocorrer após um evento que provoque grande stress, mas esse evento é geralmente um gatilho para o comportamento, não a causa do suicídio.
  5. Mito: Quem pensa em suicidar-se tem sempre a intenção de morrer e não aceita ajuda. Facto: A intensidade dos pensamentos de suicídio varia muito durante o período de crise. Muitas pessoas que tentam ou se suicidam lutam contra essas ideias de morte.
  6. Mito: As pessoas que se suicidam são egoístas e fracas. Facto: Muitas pessoas que se suicidaram estavam, na verdade, doentes. A doença pode ou não ter sido diagnosticada antes do ato suicida, mas a grande maioria (mais de 9 em 10) das pessoas tinha uma doença psiquiátrica.
  7. Mito: Falar sobre suicídio com alguém deprimido vai levá-lo a tentar o suicídio. Facto: Muitas pessoas deprimidas que têm pensamentos ou planos de suicídio sentem-se aliviadas quando lhes é oferecida ajuda. Falar sobre suicídio com uma pessoa deprimida não a encoraja a se matar.
  8. Mito: Não há nada a fazer para evitar o suicídio. Facto: Muitas pessoas que tentam o suicídio sofrem de uma doença psiquiátrica que responde a um tratamento. O tratamento adequado da doença reduz significativamente o risco de suicídio.
  9. Mito: O risco diminui após uma tentativa de suicídio. Facto: As tentativas de suicídio prévias são o mais importante fator de risco para a morte por suicídio.

O INEM através do seu Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise (CAPIC) disponibiliza uma brochura com o objetivo de informar o cidadão sobre como identificar sinais de alarme e formas de procedimento, quando um familiar, um amigo ou um colega possa necessitar de ajuda psicológica.

Também existe o Manual para a comunidade da Prevenção do Suicídio. Nele são abordados temas como quem está em risco e quais os fatores que ampliam esse risco, e os fatores protetores, que podem de alguma forma o atenuar. Também ensina a identificar possíveis sinais de alarme e como todos nós enquanto comunidade podemos ajudar a prevenir o suicídio dos nossos conhecidos, dos nossos amigos, dos nossos familiares. Consulte o manual aqui.

A psiquiatria tem um papel fundamental na prevenção do suicídio, proporcionando intervenções clínicas e terapêuticas para auxiliar indivíduos em risco.

Marque online a sua consulta de Psiquiatria ou ligue para:

Clínica Carapinheira: 239 623 671 / 924 456 983
Clínica Figueira da Foz: 233 411 365 / 925 609 657

Atualizado em: 10-09-2023

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